domingo, 15 de agosto de 2010

BEM-VINDA, AAPAL

BEM-VINDA, AAPAL
O Povo português tem peculiaridades éticas (distintas, e exclusivas, das gentes das outras Nações) que lhe imprimem um sentimento, caracteristicamente, nostálgico, estigmático ou verberativo (entre os demais humanos, indígenas das muito variadas e diferenciadas Zonas e Círculos do Globo) e lhe inoculam genomas, formadores de um carácter, de uma personalidade e de uma moral únicos, inigualáveis e inimitáveis. São esses géneses que particularizam o saudosismo ímpar e, por isso, divergente do resto da população mundial.

O Sortilégio – cunho específico e identidade do Continente africano e dos seus habitantes - contagiou, fundiu e incorporou todos os que, ali, viveram, de tal maneira que os congraçou e irmanou numa só, e sã Família, inseparável e inesquecível.

Eis a razão dos convívios e da irresistível e infalível necessidade de conviver, pelo menos, uma vez por ano. Nesses encontros, reuniam-se, somente alguns antigos alunos, professores, consanguíneos e afins, da Escola Comercial e Industrial do Lobito. Hoje – graças a enlaces matrimoniais e amizades generalizadas de professores e estudantes de todos os estabelecimentos de ensino lá instalados – um pequeno grupo desses discípulos (uns carolas), encorajou-se, arrojou-se e arriscou-se, em boa hora, a assumir a responsabilidade de aguentar, prosseguir, remodelar e renovar – com animação permanente e atracções apelativas, cativantes, fascinantes e extasiantes – as concentrações, já moribundas, e conseguiu a abrangência aos que frequentaram aulas em qualquer das instituições escolares. Em 2009, dia 9 de Maio, responderam ao convite e compareceram 594 convivas; no dia 22 de Maio de 2010, confraternizaram mais de 600.

Foi mais longe a sua dinâmica e filantropia. Pensando na grave situação social e económica que avassala este País, fundou a associação dos antigos professores e alunos do Lobito (AAPAL), não só para se ajuntar, desabafar e relembrar, periodicamente, os momentos e as peripécias mais e menos agradáveis – durante a formação académica e profissional - mas também (louve-se a brilhante intenção) para a disponibilizar como utilidade pública a favor dos menos bafejados pela sorte e daqueles que, por uma ou outra circunstância, precisam, imperiosa e urgentemente, de solidariedade social. Que ela, a AAPAL, lhes possa devolver a alegria, o contentamento e a confiança por terem nascido e a satisfação e a felicidade por continuarem a existir... Parabéns, malta! Força e avante !...

Professor na EICL


PORQUE SURGE ESTA ASSOCIAÇÃO?

 
Já lá vão quase duas décadas e meia desde que surgiu o primeiro encontro/almoço-convívio entre ex professores, alunos e funcionários da EICL, convívios esses que, com mais ou menos dificuldades na sua organização, se foram mantendo sem grandes alterações estruturais.

Ao longo desse tempo foi sempre evidente uma enorme vontade de conviver, encontrar amigos, divulgar as culturas portuguesa e angolana – através das mais diferentes formas de manifestação como sejam a gastronomia, a pintura, a literatura, poesia, música – e ultimamente abordando-se já questões no âmbito social.

Enfim! Sentir pulsar a vida em torno dos sentimentos mais nobres que nos unem a todos: a Amizade, a Solidariedade e o amor incondicional pelo próximo.

Como quase tudo na vida leva a um caminho evolutivo, começa a germinar a ideia da criação de uma associação que congregasse os antigos professores e alunos do Lobito, abrangendo todos os estabelecimentos de ensino ali existentes. Essas ideias, inicialmente objecto de conversas entre os elementos das mais recentes Comissões Organizadoras dos Convívios, foram também debatidas com antigos professores e alunos, que nos foram transmitindo as suas convicções sobre tal matéria.

Ponderados prós e contras, a ideia foi então abraçada pelos elementos da Comissão Organizadora do Convívio que, com empenho e dedicação, fez “nascer” a AAPAL, não fruto de um acaso ou de um capricho impensado mas de forma ponderada e respondendo à vontade manifestada por muitos dos nossos condiscípulos. A nós apenas coube a responsabilidade de transformar esse desejo em realidade.

O primeiro passo foi dado e muitos mais irão surgir com o empenho e dedicação de toda a velhinha comunidade escolar da qual tu, eu e os nossos professores fazem parte e não serão algumas manifestações de critica destrutiva, entretanto surgidas, que nos farão desviar dos objectivos que quisemos abraçar com convicção e denodo.

É assim que, em conjunto, queremos fomentar as relações de amizade, a cooperação e o contacto entre todos e realizar actividades culturais de beneficência e recreativas, contribuindo com algum do nosso/vosso esforço de modo a levar um pouquinho, que seja, daquele sonho que sustentámos na nossa juventude.
Sócia Fundadora e membro da Comissão Instaladora da AAPAL
(Aluna na EICL)



Há muitos anos atrás, vivemos numa cidade povoada de sons, praias, mar, flamingos…


Todo este conjunto enriquecido com as suas gentes laboriosas e empreendedoras, formaram a cidade do Lobito. Nesta cidade, como em muitas outras, a alegria, vivacidade e irreverência da juventude estudantil, davam uma peculiar atracção à sociedade nela instalada.

Milhares de jovens aí fizeram todo um percurso de ensino/aprendizagem e educação, que em muito contribuiu para o rápido e moderno crescimento da cidade.

Foram também muitos os que, por serem mais jovens, se viram forçados a prosseguir estudos já noutros países.

Para todo este processo ser exequível, houve uma figura basilar, fundamental e insubstituível: os Professores. Todos nos marcaram, nos engrandeceram com sábios conselhos e transmissão de conhecimentos, esforçando-se para que fôssemos pessoas de bem.

Com o evoluir da história, os acontecimentos que se relacionaram com a descolonização e consequente independência de Angola, deu-se a partida da maior parte da população dessa cidade paradisíaca.

Aconteceram os desencontros, os afastamentos, enfim o continuar a vida noutras paragens.

Com o evoluir dos tempos, nomeadamente no que se refere ás rápidas “auto-estradas” da informação tecnológica, muitos só há escassos anos ou meses se reencontraram.

Outros, porém, foram mantendo contacto e nunca deixaram apagar a chama de tudo o que os unia.

De encontros aqui e ali, de ideias e opiniões surgiu a vontade expressa de ser formada uma associação. Uniram-se uns quantos e aí está ela, nascida no dia 23 de Outubro de 2009, a AAPAL - Associação dos Antigos Professores e Alunos do Lobito. Tem como uma das suas finalidades desenvolver um trabalho no campo do associativismo, no qual todos os seus membros se revejam e nela contribuam com a mesma alegria, irreverência e vivacidade que sempre caracterizou os professores e alunos da linda cidade dos flamingos.
Sócia Fundadora e membro da Comissão Instaladora da AAPAL(Aluna do LALA)


Vamos dedicar um pouco deste espaço à divulgação dos hobbies dos nossos associados. Neste número divulgamos alguns dos trabalhos da Maria Luísa Silveiro, em Artes Decorativas e do Joaquim Pedro de Sousa em floricultura. É também intenção desta Associação promover mostras de trabalhos realizados pelos nossos Associados, logo que se reúnam as condições ideais para o fazer.


Maria Luísa Roque Silveiro, nascida em Benguela, ex-aluna do Liceu Almirante Lopes Alves no Lobito, hoje na situação de reforma, dedica-se ao seu hobby favorito no campo das Artes decorativas. Os imensos trabalhos realizados são reveladores da sua sensibilidade e extraordinário bom gosto. Deixamos aqui dois exemplos.