segunda-feira, 25 de abril de 2011

INSCRIÇÕES PARA O CONVÍVIO ANUAL (28/05/2011)

Foi já disponibilizado um formulário informático que possibilita, a quem desejar participar neste evento, a sua pré-inscrição de uma forma rápida e fácil. E dizemos pré-inscrição na medida em que a reserva só se torna definitiva com o pagamento do valor correspondente à participação do inscrito.
O formulário a que nos referimos pode ser acessado em http://www.aapalobito.org/convivio/ e, como facilmente constatarão, implica que quem deseje inscrever-se  seja possuidor de um "CÓDIGO DE RESERVA" que foi comunicado a todos quantos constam da nossa base de dados.
Pedimos que nos reportem eventuais dificuldades que derivem da utilizem deste formulário.

A Comissão Organizadora do Convívio

segunda-feira, 4 de abril de 2011

REGULAMENTOS INTERNOS DA AAPAL

Realizou-se no passado dia 5 do mês de MARÇO a 1ª Assembleia Geral da AAPAL com o propósito de debater, votar e aprovar os Regulamentos Internos da nossa Associação. Depois de um período alargado de divulgação foi aquele documento APROVADO com ligeiras alterações. Os associados interessados poderão obter a versão aprovada através do nosso site (www.aapalobito.org). Esta primeira Assembleia foi presidida pelo nosso associado/fundador nº 1, António Alves Costa e assessorada pelos associados Joaquim Pedro Sousa, Luís Rodrigues Alves e José Conceição Simões com o apoio do associado António Costa. As fotos aqui publicadas ilustram este acto e também uma reunião preparatória que antecedeu a referida Assembleia.



CONVÍVIO ANUAL DA AAPAL - 28 DE MAIO


Comissão Organizadora do Convívio de 2009
O nosso Convívio Anual está previsto, desde o ano transacto, para 28 de Maio próximo em Fazendas de Almeirim. Enquanto não enviamos as correspondentes circulares a todos os que se encontram registados na nossa base de dados é importante que os nossos associados (e não só) estejam atentos a todos as informações que formos transmitindo relacionadas com este evento. Vamos utilizar o nosso site (www.aapalobito.org) ou este blogue para actualizarmos as informações que entendermos divulgar. 
Estamos a ultimar uma ferramenta informática na internet (fórum), que os interessados poderão utilizar para nos colocarem questões relacionadas com o convívio. Pedimos que estejam atentos a esta questão.
Neste evento poderão participar todos os antigos professores e alunos dos diferentes estabelecimentos de ensino do Lobito, desde que estejam devidamente recenseados e registados na base de dados da nossa Associação. Poderão fazê-lo na qualidade sócios e de não sócios, correspondendo a cada uma destas condições um custo diferente. Da mesma forma o período de pré-reserva de lugares será diferente para sócios e não sócios, podendo os nossos associados beneficiar de um período mais alargado, usufruindo também de preferência nessas pré-reservas.
Convém referir que uma pré-reserva não obriga nenhuma das partes envolvidas (Comissão Organizadora ou Participante) já que essa pré-reserva só poderá ser validada após pagamento. É importante que os eventuais interessados fixem bem estes pormenores, para evitarem eventuais constrangimentos. Ainda assim e sempre que haja necessidade de outros esclarecimentos, os eventuais interessados em participar no convívio podem, sempre que o desejarem, contactar a Comissão Organizadora para esse fim.
Os custos de participação neste evento serão divulgados oportunamente, por circular a enviar a cada um dos antigos professores e alunos que se encontrem recenseados.
A exemplo dos anos anteriores vamos procurar disponibilizar um serviço de autocarros, com saídas do Porto e de Lisboa, em simultâneo, estando este serviço, ainda assim, condicionado ao número de adesões que o justifique. Convirá que os eventuais interessados comecem desde já a ponderar esta questão e manifestar a sua intenção de utilizarem esse serviço para que seja possível à Comissão Organizadora fazer uma planificação atempada.
Estamos também a desenvolver uma ferramenta informática que irá disponibilizar a quem esteja interessado em participar no convívio, a sua inscrição via internet, havendo, no entanto, a obrigatoriedade dos interessados estarem registados na nossa base de dados.
 A Comissão Organizadora do Convívio

AAPAL - O ESPÍRITO NOVO: PARA QUE SERVE - FUNÇÕES DOS DIRIGENTES - PAPEL DOS SÓCIOS

Da experiência dos almoços-convívio entre ex-professores, ex-alunos e ex-funcionários da EICL durante vinte e cinco anos, germinou “a ideia da criação de uma associação que congregasse os antigos professores e alunos do Lobito, abrangendo todos os estabelecimentos de ensino ali existentes” (Nanda Almeida, Boletim Informativo nº 1: 3º Trimestre 2010, página 2, sublinhado meu) e não apenas a Escola Comercial e Industrial do Lobito. Se bem concebida, mais bem concretizada foi a ideia de fundar a AAPAL. 
Entretanto têm aparecido expressões camufladas e explícitas de membros da AAPAL que reflectem, às vezes, algum mal estar e conflito, como refere Nanda Almeida (ibidem) ao escrever: “não serão algumas manifestações de critica destrutiva, entretanto surgidas, que nos farão desviar dos objectivos que quisemos abraçar com convicção e denodo”. Isto fez-me pensar, trouxe-me à mente dois acontecimentos: um vivido por mim no Lobito e outro que ocorreu nos Estados da América.
Pouco tempo depois de ter chegado ao Lobito e ter começado a dar aulas no Liceu, apercebi-me que havia uma rivalidade nada sadia entre os alunos e alunas das várias escolas do Lobito, bem como entre os alunos e alunas dos Liceus do Lobito e Benguela, e até entre os diversos bairros da cidade - uma dimensão cultural enraizada em estereótipos e preconceitos.
Para fazer face a tais situações e alterar uma tal cultura relacional da malta nova, propiciadora de atitudes radicadas em preconceitos geradores de comportamentos de que ninguém se devia orgulhar, concebi e promovi diversas actividades, passeios, encontros… Os Passeios ao Gama com diversas actividades e jogos de interacção, a que ia gente do Lobito (Liceu,
Escola, Colégio Camões, …), Catumbela e Benguela (Liceu, …) são disso um exemplo. Existem suficientes fotografias dos Passeios ao Gama que o atestam. Ali ocorreram muitos encontros pessoais com adolescentes e jovens que não eram do LALA (a que eu especialmente estava ligado por lá ser professor), e aí nasceram muitas amizades. Disso fui testemunha e também comigo ocorreram. Amizades que ainda hoje persistem, como, por exemplo, com a Teresa Abreu e o “Nini”, ambos da Escola Comercial do Lobito. Os Encontros da Cabaia (zona próxima do cinema Flamingo) obedeceram também à mesma lógica e estendiam-se intencionalmente a adolescentes e jovens para além do LALA (minha base para as iniciativas circum-escolares). 
No entanto nunca pensei que desses e outros projectos circum-escolares, então concretizados, adviessem resultados muito evidentes ou muito palpáveis na perspectiva por mim intencionada, mas - que me lembre - nunca revelada. É muito difícil mudar culturas deste tipo num pequeno espaço de tempo!
Quarenta anos depois, um dia deparei com o texto que a seguir transcrevo:
Quando tento lembrar-me das pessoas, sem dúvida que não lembro o Prof Jorge, o Dr Jorge, o Jorge... lembro-me do padre Jorge. Aquela figura sorridente do Liceu, da JEC que nos levava para os passeios, para os encontros, para tantas actividades que me deixavam feliz, confiante e senhora do meu destino… (Mila Mendonça, no site Cidade do Lobito).
 A este texto respondi:
Embora o objectivo com que organizava todas aquelas actividades fosse o que vivenciaste ("me deixavam feliz, confiante e senhora do meu destino"), nunca pensei que elas fossem tão eficazes contigo… e, não sei, se também com os outros teus colegas… Ainda bem! (Jorge da Silva Ribeiro, no site Cidade do Lobito).
Essa felicidade vivenciada nos passeios, encontros e em tantas actividades com jovens doutras escolas, doutros bairros e doutras localidades com quem interagiam pode gerar confiança, segurança, auto-estima, admiração, amizade… e um tal efeito provavelmente começou a dissolver preconceitos que cada um teria a respeito dos outros. E sobretudo o experienciar com esses outros satisfação, alegria, felicidade… contribuiu para se irem diluindo aos poucos essas tais rivalidades bem como possíveis complexos de inferioridade e superioridade… E o que é que constatamos hoje? O alargamento dos que iniciaram almoços-convívio entre ex-professores, ex-alunos e ex-funcionários da EICL a todos os estabelecimentos de ensino do Lobito; e mais… a criação formal da AAPAL, que não marginaliza ninguém, que inclui todos, em que já não há outros, mas nós. Ainda bem que as minhas expectativas foram superadas! Todavia parece, ainda, subsistirem alguns resquícios das velhas rivalidades (fermento velho)… nalguns membros da AAPAL. É pena que o espírito novo que criou a AAPAL, não informe todos os seus membros, quaisquer que sejam as suas funções e status dentro da associação. Compreendo que Roma e Pavia não se fizeram num dia… como soe dizer-se, mas já é tempo… e sobretudo depois do que aconteceu… que tanto afectou e, por vezes, muito dramaticamente a vida de associados…
O outro acontecimento a que me referi, no início, ocorreu nos Estados Unidos e refere-se ao que John Kennedy disse um dia ao povo americano: não devem perguntar o que é que o País pode fazer por vocês, mas o que é que vocês podem fazer pelo País.
Isto leva-nos a perguntar: (1) para que serve a AAPAL? (2) qual é a função dos seus Dirigentes? e (3) dos outros Associados?
À primeira pergunta, poderíamos provisoriamente convencionar que a AAPAL é um espaço onde antigos alunos e professores de todas as escolas do Lobito poderão conviver, encontrar e fazer amigos, partilhar vivências e ajudar-se.
À segunda pergunta, é fácil dizer a resposta, mas é difícil concretizá-la. A função dos Dirigentes é servir e não servir-se. Os ganhos secundários são proibidos, como objectivo intencional. Tal constituiria uma perversão da sua função. Não podem servir-se da AAPAL como um palco para se exibirem. A sua visibilidade só lhes pode vir por acréscimo: porque cumprem a sua missão com generosidade, com altruísmo, com abnegação, isto é, porque fazem tudo o que podem para proporcionar aos membros da AAPAL condições, ocasiões para conviverem, encontrarem e fazerem novos amigos, partilharem vivências e ajudarem-se, ou o que estiver definido ou vier a ser definido nos Estatutos. A gratidão, o reconhecimento, o encómio, a visibilidade, as honras só devem advir por acréscimo, porque a missão foi bem cumprida. Para os sócios fundadores da AAPAL vai a minha admiração e gratidão pela generosidade e coragem que demonstraram e demonstram ao criarem e desenvolverem a Associação que nos inclui a todos os que não andamos na EICL. A minha interpretação do facto é que estão a fazer algo que se insere no espírito que me parece semelhante ao que eu tentei, já lá vão mais de quarenta anos! Bem hajam!
Respondendo à terceira pergunta, diria que aos sócios incumbe sintonizarem-se com aquilo para que serve a AAPAL: um espaço onde antigos alunos e professores convivam, encontrem e façam amigos, partilhem vivências e se ajudem. Os associados desviam-se do espírito novo que criou a AAPAL, quando se servem da associação para continuar ou ressuscitar velhas rivalidades, para ajustar contas ou quando tentam “fazer figura” à custa da associação, quando criam mau ambiente, quando divulgam meras suspeitas não comprovadas, quando suscitam animosidades, conflitos espirais ou destrutivos. Tenham a coragem de se excluírem da associação, se não concordam, nem se querem conformar com o espírito novo que criou a AAPAL.
Psicólogo - Professor no LALA



RETALHOS... (PERCURSO DE VIDA)

Abaixo da linha do Equador, acima do Trópico de Capricórnio, limitada ao Norte pela República do Zaire, pela Zâmbia a Leste, ao Sul a Namíbia. O Atlântico banha o seu Oeste e, aqui fica Angola, um antigo paraíso Africano, para sempre na memória de seus exilados.
Nada mais distante em termos geográficos, culturais e étnicos de seu colonizador: Portugal. A causa do exílio é do conhecimento geral e desnecessário é enveredar agora por essa seara.
É difícil falar sobre o assunto, voltar ao passado, reviver as situações: as gratas ou dramáticas; as comoventes e cruéis, emocionantes ou absurdas! Para quem não participou, pode parecer cansativo, incompreensível e até constrangedor.
Mas é muito fácil, quando se divide, com quem vivenciou, a mesma saga. As palavras fluem, as lembranças se atropelam, as vozes se sobrepõem. Sublimadas são as lágrimas e cúmplices as risadas! Saudosismo? Pode ser…
Sou uma exilada, é o que não posso negar, nem quero; seria negar a minha história. E, já que a minha história me é solicitada, achei necessária esta introdução.
Eu tive um pai maravilhoso. Um dia resolveu ir para África fazer safari e nunca mais voltou! Só as fotos dos bichos, das caçadas das paisagens!
A solução foi nós duas, a minha mãe e eu, irmos atrás dele. É claro que também não voltámos: Depois nasceram minha irmã e meu irmão e aí…acabou!
Fomos criados em fazenda de sisal que, em termos lucrativos, era a “soja” da época. Foi um tempo maravilhoso, tal como no filme “Out of África” meu pai era nosso Redford, lindo, criativo e brincalhão. Tudo o que fazia era perfeito.
Ele nos levava para as festas do povo, onde havia batucadas e danças rituais. Deixava que participássemos de tudo aquilo, mesmo porque, se não aparecíamos, vinham logo os moleques cercá-lo: TCHINDERE! OMORA WENDA PI?...
Foi ele quem primeiro me incentivou no interesse pela arte. Lembro dos blocos de desenho, dos lápis de cor com que me presenteava e, de como me instigava a reproduzir tudo o que via à minha volta.
Mais tarde nos mudámos para o Lobito, uma das cidades mais lindas de Angola. Litorânea, cosmopolita em função do porto que era o segundo mais importante do território.
Conheci então, na fase do ciclo preparatório ainda, o artista que mais me influenciou, principalmente no campo das ideias - Silva Pinto.
Posso compará-lo a um Di Cavalcanti talvez, pois se tratava de alguém inteiramente dedicado a retratar as suas raízes e toda a regionalidade da sua terra. Como qualquer pessoa pode observar, é disto que trata também o meu trabalho.
África é, de um modo geral, um colírio para os olhos, não só pela natureza exuberante, fauna exótica e variadíssima, céu esplendoroso onde o pôr-do-sol inspirava poetas e artistas plásticos de todas as correntes, mas também pela diversificação e criatividade do povo. O artesanato, o vestuário, os usos e costumes. Enfim, tudo muito peculiar e instigante! Amei aquilo apaixonadamente e vivenciei ao máximo, no sentido de transferir para o meu quotidiano, as referências do que significava ser Africano: na decoração dos ambientes, na alimentação e até na liberdade do pensamento.
Mas agora quero ser brasileira e me considero uma. A primeira imagem que gravei, ainda no avião, foi a do Cristo Redentor, de braços abertos. Acreditei, naquele momento, que era para nós que os abria! Acredito ainda pois a sua proteção jamais nos faltou, principalmente nos momentos mais difíceis.
Só podemos agradecer a este país incrível pelas oportunidades que nos ofereceu. Os cinco anos em que morámos no Rio de Janeiro, onde nasceu o meu filho mais novo, foram alegres e proveitosos.
Em trinta de Agosto de setenta e nove, mudámos para Uberaba e aqui, finalmente, encontrámos a paz de espírito e equilíbrio necessários para que eu pudesse retomar as minhas actividades artísticas (na verdade, totalmente abandonadas pelas bruscas mudanças de vida). Aqui cresceram nossos filhos, fizemos preciosas amizades e aqui temos vivido o segundo capítulo das nossas vidas.
Como já afirmei várias vezes, aqui é minha casa, minha terra, meu chão. Como deixar de retratar tudo nos mínimos detalhes, os lugares e as coisas do nosso dia a dia, para podermos mostrar um dia aos netos, já que o anterior se foi?
Cacoete (mania) de Silva Pinto? Trauma por tudo o que perdi? Não sei…só sei que é assim!
Fui professora de Desenho na Escola Preparatória Cerveira Pereira em Benguela, casei e fui logo mãe; em seguida a retirada de Angola, adaptação ao Brasil, as crianças pequenas…
Foi aqui em Uberaba que montei a Galeria de Arte Mombaka, como não podia deixar de ser, numa singela homenagem à cidade dos meus filhos angolanos. Do sucesso que, eventualmente, fizeram meus trabalhos na época de estudante poderão lembrar-se alguns professores se vivos forem. Minhas ex-colegas com quem perdi o contacto ou então minha família cuja opinião será, no mínimo, suspeita. Lembro com saudade minha professora de Desenho, D. Alzira Beatriz, proprietária do primeiro cinema-esplanada, o Cine Flamingo; Arquiteto Mendo que pegava meus desenhos e os mostrava à turma lá da sua mesa-secretária; Dra. Magui Mendo que me pedia, às vezes, modelos de roupa e acreditava piamente que poderia vir a ser uma “Coco Chanel”.
Portanto, agora, quero apenas expressar minha gratidão à vida, por tudo o que me tem sido proporcionado e fazer a minha parte, tendo sempre em mente:” A consciência do que é correto, sabendo que sou frágil e a capacidade de entender as fraquezas humanas, sabendo que posso ser forte”.

Aluna da EICL

ONDE ESTÃO, ONDE ANDAM...

Tenho à minha frente, sobre a secretária, os três exemplares do Boletim da AAPAL publicados até este momento.
Sobre o primeiro pouco para dizer a não ser que viu a luz do dia cheio de esperança, esperança fundamentada, também, no exemplo que os primeiros colaboradores nos deram. Entre eles só um ex-professor-Norberto Grabulho. Os demais eram estudantes no Lobito. Muitos não os conheço ou reconheço; nomes de gente trabalhadora, participativa, de quem se esperava muito.
O Lobito era uma cidade laboriosa!
Alguns membros fundadores da AAPAL falaram-nos dos propósitos, da cooperação, da solidariedade, da crença num porvir mais risonho, quiçá para aqueles menos felizes.
O segundo Boletim surgiu ainda em 2010; lá continuámos a encontrar memórias, recordações de alunos e professores mas, dos primeiros, só reapareceram dois - a Nanda Almeida e o Tó Costa. Outros antigos alunos? Nada!
E a estranheza continua e agrava-se com a saída do terceiro. Encontramos a decana dos professores, a ex-subdiretora da E.I.C.G.C., a professora Dulce Correia que, mau grado a idade, continua atenta e ativa colaboradora. Um exemplo! O professor Lino Barreto, ainda preocupado com a desdita de alguns Lobitangas, participativo e mestre. A professora Maria José Barreto dá-nos  conta do seu amor àquela terra e do seu trabalho na escola e fora dela. Alunos? Só a Nanda e o Tó…e os representados nas fotos. Indicações sobre futuras atividades relacionadas com os sócios, a AAPAL, etc.
Onde estão os antigos alunos que não nos dão o gosto da sua presença? Então, agora, a desproporção alterou-se? Antes, os professores eram uma percentagem mínima relativamente aos alunos. No hoje, no agora, dá-se o inverso. E havia alunos que se salientavam em várias áreas. Sumiram? Não estão entre nós? Perderam a (s) memória(s)? Não! Eu, por exemplo, encontro-os no Facebook, no site Cidade do Lobito e vejo que têm memórias daquele tempo maravilhoso, percursos de vida que merecem ser partilhados, apontamentos da diáspora. O que se passa com toda essa “malta”? Não é preciso ser escritor para colaborar. É só preciso querer. Receiam cometer algum erro? Aparecerá quem corrija, com a vossa permissão. Não vamos falar de política, de futebol, de religião…Vamos falar de nós! Todos temos problemas atuais, todos e, no entanto, cá estamos para provar que o Lobito não era uma cidade qualquer; era uma “sala de visitas” em Angola. E agora, quem nos visita, encontra a sala vazia? Façamos jus à fama que tínhamos! Lá havia sempre lugar para mais um e cabiam todos. Aqui há imensos lugares vazios na esperança de serem ocupados por uns que “não querem entrar” e por outros que” querem e não podem”. E olhem que eu sei do que falo.
Neste momento, se já foram ao site da AAPAL, leram os regulamentos, inteiraram-se dos seus desígnios. Ou não tiveram tempo para lá ir? Francamente, não acredito. Então em vez de estarmos orgulhosos de tudo o que muitos Lobitangas fizeram desde 1983 até hoje, dependendo unicamente da boa vontade de si mesmos, dos que vivem no Brasil, Bélgica, França, Suiça, Portugal, África do Sul e sei lá onde mais, baixamos os braços? E o contributo é tão pequeno! Já percebemos, pelo último exemplar da proposta de adesão que é precisa a nossa ajuda. E, se conhecemos alguém que queira associar-se mas não pode façamo-lo saber a quem pode arranjar solução.
E, já agora, onde andam alguns dos fundadores? Cansaram-se? Não têm nada para nos contar? Para nos mostrar? Para nos ensinar? Há médicos, botânicos, geólogos, advogados, professores, engenheiros, trabalhadores manuais entre os ex-alunos. Como foi o vosso percurso? Novidades sobre a vossa atividade profissional? Conselhos? Orientações? Força! Vamos a isto, Lobito em Portugal e no resto do mundo!


Professora na EP A. Henriques, EICL e Doroteias