segunda-feira, 4 de abril de 2011

ONDE ESTÃO, ONDE ANDAM...

Tenho à minha frente, sobre a secretária, os três exemplares do Boletim da AAPAL publicados até este momento.
Sobre o primeiro pouco para dizer a não ser que viu a luz do dia cheio de esperança, esperança fundamentada, também, no exemplo que os primeiros colaboradores nos deram. Entre eles só um ex-professor-Norberto Grabulho. Os demais eram estudantes no Lobito. Muitos não os conheço ou reconheço; nomes de gente trabalhadora, participativa, de quem se esperava muito.
O Lobito era uma cidade laboriosa!
Alguns membros fundadores da AAPAL falaram-nos dos propósitos, da cooperação, da solidariedade, da crença num porvir mais risonho, quiçá para aqueles menos felizes.
O segundo Boletim surgiu ainda em 2010; lá continuámos a encontrar memórias, recordações de alunos e professores mas, dos primeiros, só reapareceram dois - a Nanda Almeida e o Tó Costa. Outros antigos alunos? Nada!
E a estranheza continua e agrava-se com a saída do terceiro. Encontramos a decana dos professores, a ex-subdiretora da E.I.C.G.C., a professora Dulce Correia que, mau grado a idade, continua atenta e ativa colaboradora. Um exemplo! O professor Lino Barreto, ainda preocupado com a desdita de alguns Lobitangas, participativo e mestre. A professora Maria José Barreto dá-nos  conta do seu amor àquela terra e do seu trabalho na escola e fora dela. Alunos? Só a Nanda e o Tó…e os representados nas fotos. Indicações sobre futuras atividades relacionadas com os sócios, a AAPAL, etc.
Onde estão os antigos alunos que não nos dão o gosto da sua presença? Então, agora, a desproporção alterou-se? Antes, os professores eram uma percentagem mínima relativamente aos alunos. No hoje, no agora, dá-se o inverso. E havia alunos que se salientavam em várias áreas. Sumiram? Não estão entre nós? Perderam a (s) memória(s)? Não! Eu, por exemplo, encontro-os no Facebook, no site Cidade do Lobito e vejo que têm memórias daquele tempo maravilhoso, percursos de vida que merecem ser partilhados, apontamentos da diáspora. O que se passa com toda essa “malta”? Não é preciso ser escritor para colaborar. É só preciso querer. Receiam cometer algum erro? Aparecerá quem corrija, com a vossa permissão. Não vamos falar de política, de futebol, de religião…Vamos falar de nós! Todos temos problemas atuais, todos e, no entanto, cá estamos para provar que o Lobito não era uma cidade qualquer; era uma “sala de visitas” em Angola. E agora, quem nos visita, encontra a sala vazia? Façamos jus à fama que tínhamos! Lá havia sempre lugar para mais um e cabiam todos. Aqui há imensos lugares vazios na esperança de serem ocupados por uns que “não querem entrar” e por outros que” querem e não podem”. E olhem que eu sei do que falo.
Neste momento, se já foram ao site da AAPAL, leram os regulamentos, inteiraram-se dos seus desígnios. Ou não tiveram tempo para lá ir? Francamente, não acredito. Então em vez de estarmos orgulhosos de tudo o que muitos Lobitangas fizeram desde 1983 até hoje, dependendo unicamente da boa vontade de si mesmos, dos que vivem no Brasil, Bélgica, França, Suiça, Portugal, África do Sul e sei lá onde mais, baixamos os braços? E o contributo é tão pequeno! Já percebemos, pelo último exemplar da proposta de adesão que é precisa a nossa ajuda. E, se conhecemos alguém que queira associar-se mas não pode façamo-lo saber a quem pode arranjar solução.
E, já agora, onde andam alguns dos fundadores? Cansaram-se? Não têm nada para nos contar? Para nos mostrar? Para nos ensinar? Há médicos, botânicos, geólogos, advogados, professores, engenheiros, trabalhadores manuais entre os ex-alunos. Como foi o vosso percurso? Novidades sobre a vossa atividade profissional? Conselhos? Orientações? Força! Vamos a isto, Lobito em Portugal e no resto do mundo!


Professora na EP A. Henriques, EICL e Doroteias

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