sábado, 14 de maio de 2011

ESPERA

Tempo que arrasta o próprio tempo para longe do nosso querer.
Ansiedade que prende a nossa espera, pelo tempo que faz sofrer!
Como é bom ver-te chegar…
Pela manhã o sol irradia luz!
Lampejos de focos translúcidos rompem restos de Inverno que lentamente se apaga com a beleza de flores orvalhadas, vestidas de “sedas” coloridas - retiradas de casulos ao encontro da Primavera.
Os passarinhos saltaricam alegres junto a ninhos vazios, ansiosos por chilreios…
Os melros, mais astutos e por vezes espantados, refrescam-se e bebericam na pedra escavada onde a água espera, antes da procura de ramos escondidos para darem vida a outras vidas!
A palmeira, com clones de outras naturezas, carrega enfeites que não são os seus… Amores-perfeitos, heras, cravinas e orquídeas revestidas de hastes florais esperam o momento de florir!
Jasmim, magnólias, camélias e frésias cor de fogo anunciam a roda dos tempos que teima em rolar para outras estações que certamente irão chegar…
Quantos Invernos permanecem. Quantas nuvens negras escondem primaveras!
Trovões, ventos, tsunamis manipulados que partem ramos, varrem folhas, amachucam botões, que nunca irão florir…
Restam algumas lágrimas silenciosas que acabam por secar.
Outras estações… hão-de chegar!

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